quinta-feira, 15 de março de 2012

UM ESTRANHO DIA DE ESCOLA

Certo dia, estava o velho computador cansado de pensar e entregar montes de ficheiros patetas à filha mais velha do Sr. Augusto, Catarina, pôs-se a pensar em como seria se pudesse ir à escola aprender como os humanos…
- Em que pensas – perguntou a impressora muito atarefada a enviar um fax que mandara o tio Álvaro, na véspera de S. Valentim á tia Andreia para a reciclagem…
- Estou a pensar em como seria se pudéssemos ir à escola aprender como os humanos.
- Tive uma ideia! - Disse a carpete dando um pulo – e se fizéssemos uma escola mesmo aqui no escritório, evitando as pessoas…
- Que óptima ideia!!! – Aplaudiu a carteira já velhinha e com uma grande dor na perna…
- Eu serei aluno. – Disse o computador sorrindo.
- E eu também. – Afirmou a impressora.
- Também me terão como professora à moda antiga. – Pronunciou a carteira com ar superior.
- E que tal uma carpete chinesa como delegada de turma? 
- Claro que sim… – Comentaram todos.
Depois da porta trancada começaram todos a divertir-se imenso. E nem deram por mim que passara perto da janela do escritório e pus-me a observar, os objectos falantes, até que estes me descobriram em flagrante e tive de me explicar dizendo quem era e que estava a observá-los, pois queria juntar-me ao grupo fazendo de aluno…
E assim se passaram dias e dias na companhia dos meus novos amigos, sempre à mesma hora de chegada e de ida, durante muito, muito, muito tempo. 

Fonte:
http://www.luso-poemas.net 

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